segunda-feira, 29 de março de 2010

Policial "à paisana" ou atentado aos direitos civis e sociais?

A Polícia Militar (PM) informou em seu site que a pessoa que apareceu nas fotos da grande imprensa socorrendo uma PM ferida era um policial. Um PM "à paisana". Indagados sobre a veracidade dessa informação foram lacônicos e não deram maiores informações, afinal, sabe-se que os soldados da PM não podem se apresentar com a "barba por fazer", como foi o caso da pessoa que aparece nas fotos.
No entanto, o mais importante e que a imprensa não indagou à PM foi o motivo de haver soldados da PM "à paisana" no manifesto dos professores. O manifesto era público, anunciado nos meios de comunicação e às autoridades civis e militares. O que justificaria que, em um evento transparente e público, como o dos professores houvesse policiais à paisana? Isso representa, na verdade, a tentativa de "monitorar", isto é, coibir o direito à livre manifestação garantida na Constituição Federal de 1988. A tentativa de coagir e a prática de "investigar" o que é publico e direito social de todos os cidadãos demonstra que, para este governo atual de São Paulo, as liberdades individuais e coletivas nada significam. Um caso grave e que só vemos paralelos em regimes autoritários e anti-democráticos. Ser(r)á?
Para o bem maior, de todos, seria melhor que isso fosse esclarecido publicamente pelo governo de São Paulo.
Também é importante anotar que, na manifestação, os professores identificaram alguns desses PMs "à paisana" tentando colocar bombas em veículos estacionados no local, em clara tentativa de culpar os manifestantes por mais um crime contra o patrimônio privado e contra a segurança das pessoas na manifestação. Segundo as testemunhas, o fato somente não se concretizou porque os professores impediram. Ao que parece, a ditadura civil-militar que assolou e assombrou nosso país por trinta anos ainda não acabou e seus adeptos - quais fantasmas da ditadura - continuam por aí, a ensinar práticas desumanas e terroristas.

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