Diários (http://www.facebook.com/quase9teatro)
Direção: Leonardo Costa e Deborah
Andrade
Elenco: Ana Sylvia Maris, Elisa
Pegolaro, Fábio Lyra, Ge Dias e Thais Nihieles
Micro cenas do cotidiano.
Drama, comédia, catarse...
“Tudo vale a pena, se a alma não é pequena” (Fernando Pessoa)
A peça teatral “Diários”
traz aos palcos as vivências de cinco professores, quatro mulheres e um homem. O
enredo transita dos assuntos que possam parecer mais banais, como o temor de
estudantes adolescentes ao terem que se deparar com a professora de matemática
mais temida da escola, aos dramas amorosos ou profissionais tão comuns em
qualquer lugar do mundo e para qualquer um de nós.
Mas falemos da estética, da
composição do roteiro e do jogo de cena. Os atores não se limitam à clássica mimesis de palco, vão além e, ao mesmo
tempo que encenam a sua própria biografia – que poderia ser a nossa também –
teatralizam, vestem a persona de um Aristófanes
ou de Eurípedes. Sua póiesis se
constrói em meio ao drama e à comédia em medidas suaves e na interação das suas
histórias com os “delírios cotidianos”, para lembrar Charles Bukowski. Envolvem
o público em nuances não ditas no espetáculo, mas que estão ali mesmo, na
sublime e subliminar poesia do teatro.
Ao público, cabe notar que não se
trata apenas da encenação de vidas distantes no tempo e no espaço, mas também
de pequenas partículas de suas vidas, um sorriso aqui, um grito de ódio ou
decepção ali... No final, somos todos envolvidos na catarse do espetáculo que não se trata de um simples e banal “show
da vida”, mas de diários, assim mesmo no plural, que também poderiam ser os nossos diários contados e recontados no
palco e na vida.
Vale a pena conferir!
Em cartaz de 04 a 26 de agosto. Aos
sábados, às 20 horas e domingos, às 19 horas.
No SP Teatro Escola, Av. Rangel
Pestana, 2401, no Brás.
Entrada gratuita.
Confira
tudo que
respira
conspira
tudo que
respira
conspira
(Paulo Leminsky)